sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O maior espetáculo da Terra: você!

Cirque du Soleil, Cirque Plume, Circo Nacional da China... A gente fica encantada quando vê do que esses artistas elásticos são capazes! Mas já faz algum tempo que piruetas e malabarismos não são exclusividade de quem trabalha sob a lona. “O que tem de moça trocando a academia pelo circo... A cada dia aumenta o número de mulheres que optaram por essa maneira de manter a forma”, diz José Wilson Moura Leite, professor de trapézio e diretor do Circo Escola Picadeiro, uma das escolas tradicionais de São Paulo.
E dá para fazer a troca sem medo. Afinal, os exercícios no picadeiro têm mil e uma utilidades: você trabalha os músculos das pernas, bumbum, costas, barriga e braços ao mesmo tempo que treina alongamento, flexibilidade e agilidade. “Dá para mexer o corpo inteiro e ganhar um condicionamento invejável”, diz Iara Zannon, professora do Centro Olímpico da Universidade de Brasília. Sem falar que as aulas são dinâmicas, divertidas e uma ótima oportunidade de fazer amigos – já que grande parte dos exercícios é feita em duplas.
A professora Juliana Maffei Casale, 25 anos, não pensava em nada disso quando experimentou uma aula em fevereiro deste ano, na Academia Brasileira de Circo, em São Paulo. Foi por curiosidade e se apaixonou. “Eu tentei de tudo para definir o abdômen e nada adiantou. Com o circo, em um mês já senti barriga e braços mais definidos. Os resultados aparecem rapidamente”, garante. Hoje, Juliana aposta nas acrobacias para manter a forma: treina três vezes por semana, durante três horas. “A gente fica cerca de meia hora em cada aparelho. O legal é que não tem aquela obrigação de executar três séries de 15 repetições, por exemplo. Você faz o que agüenta”, explica.
Além de deixar o corpo ágil e firme, os exercícios circenses ajudam a perder peso. Em uma hora e meia é possível queimar, em média, 600 calorias. “Emagreci 5 quilos logo no primeiro mês de treino”, diz a estudante Andréia Lamego Galindo, 21 anos, colega de Juliana nas aulas. “No começo dá uma canseira, mas depois você vai adquirindo força e é uma delícia. Você esquece do mundo, alivia as tensões. Nem sente que está fazendo ginástica!” Isso tudo é um convite e tanto para você experimentar as estripulias do picadeiro...
diversão da pesadaA malhação parece passatempo, mas precisa ser dura na queda para não abandonar a empreitada depois das primeiras dores no corpo ou idas ao chão. “Tem de ter persistência para aprender as técnicas. A mão dói ao segurar a barra do trapézio, o braço queima quando passa rápido pelo tecido. Os benefícios, no entanto, valem o esforço”, diz Leonardo Senna, professor de acrobacia da Intrépida Trupe, grupo do Rio de Janeiro. Que o diga a estudante Paula Mattos, 21 anos, que freqüenta o Centro Olímpico da Universidade de Brasília: “O desafio de se superar a cada aula e dominar um movimento que você não conseguia é o maior prêmio, uma injeção de autoestima”.
E o circo também está nas academias. Na Formula, em São Paulo, a mistura de ginástica e artes circenses foi batizada de fitness acrobático e vem conquistando a turma cansada da malhação tradicional. “Os alunos fazem um pouco de tudo: ginástica de solo, cama elástica, malabares, trapézio, tecido e trave de equilíbrio”, conta o professor Fabio Ferreira Zuin.
A veterinária Daniela Zomignani, 25 anos, freqüenta essa aula três vezes por semana. “Só pelo bem-estar já valeria. Sinto prazer e isso não me deixa desistir.” Ela tem razão: quem faz o que gosta acaba se empenhando mais e os resultados aparecem rapidinho!



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