sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Quem malha junto...




A disposição do seu namorado pode ser aquele empurrãozinho que faltava para você abraçar de uma vez por todas a atividade física. Se ele já a convidou para acompanhá- lo na academia e você recusou, repense sua decisão. Como vai ver nos depoimentos a seguir, quem aceitou não se arrepende. “Malhar em dupla é, sem dúvida, muito mais estimulante do que ir para a academia sozinha. Um incentiva o outro a não faltar e até mesmo a pegar mais firme no treino”, diz Almeris Armiliato, consultor de fitness, de São Paulo. No caso de namorados ou casados, a experiência também enriquece a relação. “Durante o exercício pode acontecer um clima de cumplicidade, de carinho que, às vezes, não sobra tempo para a gente ter em casa”, fala o consultor.
O contrário também pode acontecer: você convencer seu namorado a acompanhála na sua rotina fitness. O único perigo – contornável – da malhação em dupla é perder o foco no exercício em si. “Principalmente no início, é comum a dupla deixar a malhação em segundo plano e esquecer da vida conversando, o que tira a concentração”, observa Ricardo Cunegundes, consultor médico da Body Systems, de São Paulo. Problema que se resolve com um pouquinho mais de atenção nos movimentos.
Para a malhação a dois ser um sucesso, o mais importante é compartilhar uma modalidade que seja interessante para os dois e tirar dessa experiência o melhor proveito possível. Inspire-se!
Acabou o medo da concorrência
Quando Tatiana começou a namorar Thiago, campeão de jiu-jítsu, não achou que sua rotina, tampouco que o seu abdômen, iria mudar. Quando era adolescente, Tati fazia balé, mas estava parada há bastante tempo. Ela era magrinha, mas não tinha uma curva definida. “Quando viajávamos para a praia, percebia que ele olhava para as outras meninas e, às vezes, de brincadeira, me comparava com elas. Comecei a ficar insegura”, conta. “Eu olhava as fotos antigas da Tatiana e insistia que ela deveria voltar a treinar para recuperar o corpo lindo que tinha quando dançava”, diz o namorado. A insistência deu certo. Ela se matriculou na mesma academia que ele, superou sua falta de fôlego e pique e virou uma companheira e tanto para o lutador. Hoje, quatro vezes por semana, os dois se encontram na academia após o trabalho para seções de musculação, bike indoor e esteira. Depois, cada um segue para sua modalidade favorita – Thiago para o jiu-jítsu e Tati para aulas de localizada ou alongamento. Ficam cerca de três horas na academia. Com isso ela perdeu, de uma vez por todas, o medo da concorrência. De quebra, o relacionamento ficou bem mais firme. Com a malhação, eles acabam se vendo quase todos os dias e não apenas nos finais de semana, como acontecia no começo do namoro.
Mais tempo para o romance
Rafaella sempre foi malhadora de carteirinha. O marido se sentia satisfeito apenas com a partida de futebol semanal. Com a exceção do mergulho, que os dois curtem e praticam esporadicamente, a rotina de atividade física do casal era assim, discordante. Tudo bem, até que começou a faltar convivência. “Eu saía muito cedo para trabalhar e quando voltava, à noite, a Rafaella estava na academia. Acabava jantando sozinho e o tempo que tínhamos para conversar era de apenas uma hora, pois também vou para a cama cedo”, recorda Dan. “Ele começou a se queixar porque nunca jantávamos juntos. Como não queria abrir mão da malhação, fui tentando convencê-lo com jeitinho de que, se ele se matriculasse na academia, o problema da falta de tempo estaria resolvido. Durante um ano inteiro, levava folders que mostravam o ambiente, contava histórias de como o pessoal era bacana, até que um dia, quando estava saindo para malhar, o Dan simplesmente disse: ‘Ok, vou com você’”, conta a arquiteta. Há um ano, os dois treinam até cinco vezes por semana, juntinhos. Fazem musculação, spinning, jump e alongamento. “Ainda estou me acostumando com o ambiente porque não gosto de treinar em lugar fechado. Mas durmo melhor e o nosso relacionamento ficou muito mais saudável”, diz Dan. Além das duas horas que passam treinando, o casal volta para casa, janta, vê televisão... tudo a dois e sem stress.
Sozinha no fim de semana, nunca mais
Juliana e William se conheceram na academia há oito anos e continuam malhando até hoje. Mas, quando William decidiu entrar de cabeça na corrida, foi sozinho. “Eu o incentivava, mas não sentia a menor vontade de correr”, diz Juliana. William dedicava muitas horas do seu final de semana para os treinos e também para as provas, que normalmente acontecem aos domingos. “Era sempre a mesma coisa, não tinha meu marido durante as manhãs”, conta. Às vezes, para espantar a monotonia, Juliana o acompanhava nos treinos. “Eu me sentia um peixe fora d´água. Todos tinham a corrida em comum, terminavam a prova e conversavam sobre o desempenho, o percurso e eu não tinha nada a dizer. Por outro lado, a energia da turma era tão legal que comecei a achar que estava perdendo alguma coisa.” Depois de um ano indecisa, Juliana fez uma tentativa e foi experimentar um treino no grupo do marido. Nunca mais parou. Desde 2004, quando participaram de uma corrida pela primeira vez, a performance dos dois só melhorou e o relacionamento ganhou mais cumplicidade. “Como tenho mais experiência, dou alguns toques importantes para Ju e procuro acompanhar o ritmo dela, nem que isso signifique aumentar o meu tempo de prova”, diz. Juliana, por sua vez, tem um motivo e tanto para se derreter com essa história: “William faz questão de me dar a mão para cruzarmos juntos a linha de chegada. Assim, nunca vou parar de competir!”
Produção: Camila Lestayo. Cabelo e maquiagem: Pedro Corvello. Top e short Yogini, tênis Nike, munhequeira Puma. Camiseta Blue Beach, short Adidas by Centauro, tênis Mizuno by Bayard. Academia Companhia Athletica.
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